quarta-feira, 13 de abril de 2011

Testes da Fuvest - 9º ano (2011)

Olá, meninos!
Tudo bem?
Abaixo seguem os dois testes cujas resoluções me pediram:

(FUVEST) "A cláusula mostra que tu não queres enganar." A classe gramatical da palavra que no trecho acima é a mesma da palavra que na seguinte frase:

a) Ficam desde já excluídos os sonhadores, os que amem o mistério.
b) Não foi a religião que te inspirou esse anúncio.
c) Que não pedes um diálogo de amor, é claro.
d) Que foi então, senão a triste, longa e aborrecida experiência?
e) Quem és tu que sabes tanto?

Bom, temos que pensar nessa questão sobre a função da palavra "quê" no enunciado. Observem que a oração subordinada completa a principal, pois funciona como objeto direto dessa. Trata-se, portanto, de uma conjunção integrante. Essas conjunções só podem introduzir orações subordinadas substantivas. Uma dica? Troquem toda a oração "que tu não queres enganar" pelo pronome "isso", ou seja, "a cláusula mostra isso". Viu como tem sentido? É porque é uma oração subordinada substantiva.
Então, só encontramos uma oração desse tipo na letra C. A oração "que não pedes um diálogo de amor" pode ser facilmente substituída por "isso", ficando "isso é claro".
Nas alternativas A, B e E, encontramos pronomes relativos. Em A, o "quê" substitui "os"; em B, "a religião" e em E, "tu". Na alternativa D, há um pronome interrogativo.

(FUVEST) "É da história do mundo que (1) as elites nunca introduziram mudanças que (2) favorecessem a sociedade como um todo. Estaríamos nos enganando se achássemos que (3) estas lideranças empresariais aqui reunidas teriam motivação para fazer a distribuição de poderes e rendas que (4) uma nação equilibrada precisa ter." O vocábulo que está numerado em suas quatro ocorrências, nas quais se classifica como conjunção integrante e como pronome relativo. Assinalar a alternativa que registra a classificação correta em cada caso, pela ordem:
a. 1. pronome relativo, 2. conjunção integrante, 3. pronome relativo, 4. conjunção integrante
b. 1. conjunção integrante, 2. pronome relativo, 3. pronome relativo, 4. conjunção integrante
c. 1. pronome relativo, 2. pronome relativo, 3. conjunção integrante, 4. conjunção integrante
d. 1. conjunção integrante, 2. pronome relativo, 3. conjunção integrante 4. pronome relativo
e. 1. pronome relativo, 2. conjunção integrante, 3. conjunção integrante, 4. pronome relativo

Essa questão é ótima!
Devemos ter o mesmo raciocínio que na oração anterior.
O primeiro "quê" é uma conjunção integrante. Observe que podemos substituir "que as elites nunca introduziram mudanças" por "isso", ou seja "isso é da história do mundo".
Ah, mas será que não poderíamos pensar que o "quê" substitui "mundo", então "as elites nunca introduziram mudanças no mundo"? Até poderia ser, se não fosse um pequeno, mas muito importante, detalhe: a preposição. Caso fosse um pronome relativo, deveria ser "em que as elites nunca introduziram mudanças".
Não é exatamente isso que estamos estudando? A preposição, quando necessária, anteposta ao pronome relativo?
Prosseguindo: no segundo caso, "quê" substitui "mudanças", afinal, "mudanças favorecem a sociedade como um todo". Troquem o pronome por "as quais". Deu sentido, não?
Terceiro caso: novamente, "quê" como conjunção integrante. "Estaríamos nos enganando se achássemos ISSO".
Quarto caso: um pronome relativo. Vejam que "uma nação equilibrada precisa ter distribuição de poderes e rendas", ou seja, facilmente substituído por "a qual".

Ficou mais claro?
Qualquer dúvida, é só falarem!

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